RESENHA DA BOLSA – TERÇA-FEIRA 25/01/2022

ÁSIA: As principais bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta terça-feira, após uma sessão volátil em Wall Street.

O Nikkei do Japão fechou em queda de 1,66%, pesada por ações de automóveis e tecnologia.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 2,6%, em 24.213,07 pontos.

Na China continental, o Shanghai Composite perdeu 2,57%, em 3.433,06 pontos e o Shenzhen Component caiu 2,83%, em 13.683,89 pontos.

Na Coreia do Sul, o Kospi encerrou a sessão em queda de 2,56%, em 2.720,39 pontos. A Hyundai Motors caiu 1,27% após divulgar lucro líquido de 547 bilhões de wons coreanos (456 milhões de dólares), no trimestre encerrado em dezembro, uma queda de quase 50% em relação aos 1,1 trilhão de wons do ano anterior, informou a Reuters.

A economia da Coreia do Sul cresceu 1,1% no quarto trimestre de 2021 em comparação com o trimestre anterior, disse o Banco da Coreia em comunicado à imprensa na terça-feira. O PIB do país cresceu 4% em 2021, o mais rápido em 11 anos, segundo a Reuters.

O ASX 200 fechou em queda de 2,49%, em 6.961,60 pontos, o primeiro fechamento abaixo de 7000 pontos desde maio de 2021, com ações de bancos, mineradoras e petróleo despencando. ANZ perdeu quase 4%, enquanto o Commonwealth Bank of Australia e o National Australia Bank caíram 2% e 2,9%, respectivamente. Ações de petróleo caíram. Santos caiu 4,82% e Woodwide Petroleum caiu 3,98%. A BHP recuou 1,3% e a Fortescue Metals caiu 5% após uma atualização de suas ações.

Rio Tinto caiu 0,8% depois que a mineradora concordou em renunciar a $US 2,4 bilhões (US$ 3,35 bilhões) da dívida do governo mongol em contraparte para colocar um de seus principais projetos de crescimento, a expansão da mina de cobre Oyu Tolgoi, de volta aos trilhos. O acordo marca um desenvolvimento positivo para os esforços da Rio Tinto para expandir sua produção de commodities que serão necessárias cada vez para construir tecnologia de energia verde à medida que o mundo descarboniza depois que o governo sérvio revogou na semana passada sua licença para construir a maior mina de lítio da Europa, a poucos dias depois de Novak Djokovic ser deportado da Austrália. A deportação da estrela do tênis parecia ser a gota d’água para o governo sérvio, que enfrenta uma eleição e uma onda de oposição pública aos riscos ambientais do projeto de lítio.

A inflação na Austrália subiu 1,3% no quarto trimestre e 3,5% no ano. Os preços aumentaram no ritmo anual mais rápido desde 2014, informou a Reuters.

EUROPA: As bolsas europeias avançam nesta terça-feira após pesadas perdas na sessão anterior, com os investidores na região parecendo ignorar a volatilidade nos mercados globais no início da semana e as preocupações com a Ucrânia.

O índice pan-europeu Stoxx 600 sobe 1,19%, após fechar em baixa de 3,6% na segunda-feira devido a preocupações com o aperto do FED e preocupações com a situação em torno da Ucrânia.

O alemão DAX 30 sobe 0,99%, o francês CAC 40 subiu 1,27% e o FTSE MIB da Itália avança 1,04%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha e o português PSI 20 avança, 1,06% e 0,63%, respectivamente.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 1,04%. Entre as mineradoras, Anglo American sobe 2,1%, Antofagasta sobe 3,4%, BHP adiciona 1,8% e Rio Tinto avança 1,4%. Entre as gigantes petrolíferas, BP sobe 2,6% e Royal Dutch Shell sobe 2%.

As tensões geopolíticas segue no radar, com a possibilidade de um conflito militar iminente entre a Ucrânia e a Rússia, embora negociações para evitar um confronto estejam em andamento. O presidente Joe Biden conversou com líderes europeus na tarde de segunda-feira, enquanto os EUA consideram o envio de tropas e equipamentos militares para a região, à medida que a situação de segurança na fronteira da Ucrânia com a Rússia se deteriora.

O rublo russo caiu depois que o presidente dos EUA Joe Biden indicou que, no caso de uma invasão russa, os EUA poderiam bloquear os bancos russos do acesso a dólares ou impor outras sanções.

O índice IFO, que compila o sentimento empresarial alemão aumentou para 95,7 pontos em janeiro, ante 94,8 pontos em dezembro, após seis quedas consecutivas do indicador após atingir 101,8 em junho, apesar da inflação, gargalos da oferta e do aumento dos casos de coronavírus. A leitura superou a previsão de consenso de economistas, que esperavam o índice em 94,7.

EUA: Os futuros dos índices de índices de ações dos EUA caem nas negociações matinais de terça-feira, após uma sessão extremamente volátil na segunda-feira.

Durante as negociações regulares de segunda-feira, o Dow apagou uma queda de mais de 1.100 pontos para terminar o dia em território positivo, com ganho de 99 pontos, ou 0,29%, em 34.364,50 pontos, quebrando uma sequência de seis dias de perdas. Na mínima do dia, o benchmark de 30 ações chegou a cair 3,25%. O S&P 500 avançou 0,28% em sua primeira sessão positiva em cinco, depois de chegar a perder quase 4% no início do dia. A certa altura, o índice de referência entrou em território de correção, caindo 10% em relação ao seu recorde de 3 de janeiro.

O Nasdaq Composite subiu 0,6%, revertendo uma queda de 4,9% em relação ao início do dia. Foi a primeira vez que o índice de tecnologia recuperou uma perda de 4% para terminar em alta desde 2008.

Após sinalização de que o Fed de que começaria a aumentar as taxas já em março deste ano, o fato gerou o início de volatilidade no mercado neste ano. O Comitê do Federal Reserve começará sua reunião de dois dias nesta terça-feira, com a decisão sobre a taxa de juros prevista para ser divulgada na quarta-feira. Não se espera que o FED comece a aumentar as taxas ainda, mas espera-se que o banco central mantenha o caminho para uma política mais rígida este ano, enquanto luta contra a inflação mais alta em décadas.

Quando o Fed aumenta sua taxa de curto prazo, tende a tornar os empréstimos mais caro para consumidores e empresas, desacelerando a economia com o intuito de esfriar a inflação. Isso poderia reduzir os ganhos das empresas, que tendem a ditar os preços das ações no longo prazo.

Apesar da alta de segunda-feira, após a pior semana do S&P 500 desde que a pandemia ocorreu em março de 2020. Assustados com o aumento das taxas de juros, os investidores saíram do setor de alto crescimento do mercado em favor de apostas mais seguras. O rendimento dos títulos de 10 anos ficou em 1,769% na segunda-feira, recuando do recorde de 1,90% registrado na semana passada.

O Nasdaq Composite, composto por ações de tecnologia, caiu para território de correção na semana passada. O índice caiu 11,4% até agora este ano, desempenho pior em relação ao S&P 500 e Dow, que caíram 7,5% e 5,4%, respectivamente.

A temporada de resultados segue nesta terça-feira. Antes da abertura do mercado, Johnson & Johnson, 3M, General Electric, American Express e Verizon divulgam seus balanços. A Microsoft divulgará os lucros após o fechamento do mercado, juntamente com a Texas Instruments, entre outras empresas.

Na agenda econômica, o CB Consumer confidence sairá às 12h00, ao mesmo tempo que será lançado o índice de manufatura do FED de Richmond.

CRIPTOMOEDAS: O Bitcoin recupera, após pesadas perdas na semana passada. Na segunda-feira, o Bitcoin chegou à US$ 32.982,11, seu ponto mais baixo desde julho, de acordo com a Coin Metrics, mas a maior criptomoeda por valor de mercado subiu 5,6% nas negociações da tarde, para US$ 37.183,25, à medida que os mercados ações também revertiam o curso e terminaram o dia em alta.

Segundo analistas, as criptomoedas estão se movendo na mesma direção dos mercados de ações, que iniciaram o ano caindo e acabaram de sair de sua pior semana desde março de 2020. Os investidores estão vendendo ativos de risco, como ações de tecnologia, enquanto se preparam para uma política monetária mais rígida do Federal Reserve. Os defensores do Bitcoin sugerem que a moeda digital é uma proteção contra a inflação, mas essa teoria não está se sustentando.

Os investidores também estão avaliando o impacto de regulamentação no mercado de criptomoedas. Na semana passada, o banco central da Rússia propôs proibir o uso e a mineração de criptomoedas no país. O Banco Central da Rússia começou a testar um protótipo para comercializar o rublo digital em dezembro e agora os bancos começam a experimentar as transações. Uma dúzia de bancos foram convidados pela autoridade monetária para participar da primeira etapa da fase piloto do projeto e a expansão gradual do leque inclui outros provedores de serviços financeiros. No começo do mês, o Banco Popular da China lançou o yuan digital, o e-CNY, que será usado durante os jogos olímpicos de inverno, que iniciam em fevereiro.

Bitcoin: +5,69%, em US $ 36.459,00
Ethereum: +4,24%, em US $ 2.433,98
Cardano: +3,25%
Solana: +9,31%
Dogecoin: +3,56%
Shiba Inu: +4,43%
XRP: +3,73%
Litecoin: +5,13%

ÍNDICES FUTUROS – 7h55:

Dow: -0,18%
SP500: -0,60%
NASDAQ100: -0,98%

COMMODITIES:

MinFe Dailan: +1,39%
Brent: +1,36%
WTI: +1,33%
Soja: +0,43%
Ouro: -0,18%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

Autor: HARAMOTO