RESENHA DA BOLSA – SEGUNDA-FEIRA 13/09/2021

ÁSIA: As bolsas asiáticas fecharam sem direção nesta segunda-feira, na sequência da pior semana em quase três meses para o Dow e SP 500.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,50%, encerrando o dia de negociação em 25.813,81 pontos. As ações da Alibaba listadas em Hong Kong caíram 4,23% após uma reportagem do Financial Times dizendo que Pequim quer desmembrar o Alipay do Ant Group e forçar a criação de um aplicativo separado. Outras ações chinesas de tecnologia também caíram. Tencent caiu 2,45%, enquanto Meituan recuou 4,47%. O índice Hang Seng Tech caiu 2,27% para 6.595,03 pontos.

Ações de veículos elétricos chineses caíram depois que o ministro da indústria do país disse que é necessária uma consolidação no setor, pois há “muitos” fabricantes de veículos elétricos na China. BYD caiu 2,14% enquanto Xpeng caiu 2,35%.

Na China Continental, o composto de Xangai subiu 0,33%, para 3.715,37 pontos, enquanto o Shenzhen Component caiu 0,45%, para 14.705,83 pontos.

No Japão, o Nikkei subiu 0,22%, fechando em 30.447,37 pontos, enquanto o índice Topix subiu 0,29%, para 2.097,71 pontos. As ações das montadoras Toyota e Honda caíram 1,65% e 1,28%, respectivamente. As duas empresas criticaram um plano de imposto sobre veículos elétricos da Câmara dos EUA que beneficiaria as três grandes montadoras de Detroit, de acordo com um relatório da Reuters.

O Japão informou que seus preços no atacado estavam perto de uma alta de 13 anos em agosto, aumentando as preocupações com a inflação à medida que o país se prepara para uma transição de seu atual primeiro-ministro.

O Kospi da Coreia do Sul fechou em ligeira alta em 3.127,86 pontos, ou 0,07% maior.

O S & P / ASX 200 na Austrália subiu 0,25% para fechar em 7.425,20 pontos, graças aos ganhos do setor de energia e materiais. BHP subiu 0,6%, a Rio Tinto caiu 0,2% e a Fortescue Metals ganhou 0,8%. Os maiores ganhos foram com a Pilbara Minerals, com alta de 7,3%, Silver Lake, com alta de 5,4% e Lynas Rare Earths, com alta de 5,4%. Os produtores de petróleo seguiram os preços do petróleo mais altos, mas a Whitehaven Coal respirou e fechou 0,7% menor em US$ 3, depois de subir quase 40% em três semanas devido a alta dos preços do carvão.

EUROPA: As bolsas europeias avançam nesta segunda-feira, com os investidores continuando a avaliar as últimas decisões de política do Banco Central Europeu na semana passada de desacelerar a compra de títulos de seu Programa de Compra de Emergência Pandêmica(PEPP) em resposta à inflação mais alta e ao crescimento mais forte do PIB em toda a zona do euro.

O BCE também revisou modestamente para cima suas projeções de inflação de médio prazo, na sequência de dados que mostraram que a inflação da zona do euro atingiu uma alta de 3% em agosto.

O pan-europeu Stoxx 600 sobe 0,81%, com ações de petróleo e gás liderando os ganhos, enquanto ações de varejo caem. O alemão DAX 30 sobe 0,90%, o francês CAC 40 avança 0,70, enquanto o IBEX 35 da Espanha e o FTSE MIB da Itália sobem 1,06% cada.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,62%. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American sobe 0,9%, Antofagasta avança 0,8%, BHP adiciona 1%, mas Rio Tinto opera no zero a zero. Entre as gigantes petrolíferas, BP sobe 0,8% e Royal Dutch Shell avança 1,2%.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA operam em território positivo durante as negociações matinais de segunda-feira.

Os casos da Covid parecem estar em uma tendência de queda nos EUA, com a média de 7 dias até sexta-feira ficando em cerca de 136.000, abaixo da média do final de agosto de 157.000 novos casos, de acordo com o CDC. Ações vinculados à reabertura lideram os ganhos no pré-mercado. As ações da Delta Air Lines e da United Airlines ganham 1,4% cada. Carnival Corp adiciona 1,3%. As tradicionais GM e Citigroup ganham 1% cada. As ações da MGM sobem quase 2% após uma atualização da Bernstein para “outperform” ou desempenho superior.

Os três índices americanos terminaram em baixa na sexta-feira, com o Dow e o S&P registrando queda de 0,77% e 0,78%, respectivamente, o quinto dia consecutivo de perdas, enquanto o Nasdaq Composite caiu 0,87% e registrou sua terceira sessão negativa consecutiva.

Na semana, o Dow e o S&P caíram 2,15% e 1,69%, respectivamente, o pior desempenho semanal de cada índice desde junho. O Nasdaq registrou sua pior semana desde julho, caindo 1,61%.

Os dados divulgados na sexta-feira mostraram que os preços ao produtor subiram 0,7% em agosto e 8,3% ano a ano, o maior aumento anual desde que os registros foram contabilizados pela primeira vez em novembro de 2010.

O índice de preços ao consumidor, observado de perto por todos e pelo Fed, será divulgado na terça-feira, quando todos acompanharão quanto a alta dos custos está sendo repassado aos consumidores. Economistas consultados pela FactSet esperam que a leitura mostre que os preços ao consumidor tenham saltados 5,3% em um ritmo anual em agosto, sustentadas pelos gargalos de fornecimento de componentes, escassez de estoques, preços mais altos de commodities, enquanto os dados de vendas no varejo e preços do atacado serão divulgados mais para o final da semana, enquanto analistas acreditam que as pressões inflacionárias ainda não parecem estar diminuindo e provavelmente continuarão a ser sentidas pelo consumidor nos próximos meses.

As preocupações com a cadeia de suprimentos, bem como a variante delta do coronavírus, foram dois fatores por trás da queda do mercado de ações na semana passada. Três grandes companhias aéreas dos EUA cortaram suas metas de vendas devido a uma recuperação de viagens pior do que o esperado.

Uma pesquisa com investidores realizada pelo Deutsche Bank mostrou que mais de dois terços esperam pelo menos uma queda de 5% nas ações até o final do ano. A mesma pesquisa constatou que os maiores riscos são novas variantes que contornam as vacinas, alta da inflação e dos rendimentos de títulos.

Os mercados de ações estão sob pressão desde o relatório de empregos de agosto, divulgado pelo Departamento do Trabalho em 3 de setembro, quando ficou aquém das expectativas.

O Federal Reserve fará a sua reunião de política de dois dias em 21 de setembro, onde os investidores estarão em busca de pistas sobre o programa de compra de títulos do banco central.

Apesar das perdas da semana passada, as principais médias ainda estão relativamente próximos de seus níveis recordes. o Dow está 2,87% de seu recorde histórico, enquanto o S&P está 1,92% abaixo de sua maior marca. O Nasdaq Composite, por sua vez, está 1,87% abaixo de seu recorde.

Para o ano, os três registraram ganhos percentuais de dois dígitos, mas o impacto contínuo da Covid-19 pode desacelerar o ritmo dessa recuperação.

Na agenda econômica, às 15h00 sairá o Federal Budget Balance ou Saldo Orçamental Federal, que mede a diferença de valor entre as receitas e despesas do governo federal durante o mês de referência.

Na terça-feira, a Apple revelará seus novos iPhones.

ÍNDICES FUTUROS – 7h30:

Dow: +0,66%
SP500: +0,63%
NASDAQ100: +0,53%

COMMODITIES:

MinFe Dailan: -3,49%
Brent: +1,06%
WTI: +1,25%
Soja: -0,19%
Ouro: -0,13%
Bitcoin: -2,75%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.

Autor: HARAMOTO