RESENHA DA BOLSA – QUINTA-FEIRA 14/05/2020

ÁSIA: As bolsas na Ásia fecharam em queda nesta quinta-feira, na sequência de mais uma liquidação em Wall Street.

No Japão, o Nikkei caiu 1,74%, enquanto o índice Topix caiu 1,91%, enquanto o Japão se preparava para permitir que as empresas reabrissem em algumas regiões.

O Kospi da Coreia do Sul caiu 0,80%.

Na China continental, o composto de Xangai caiu 0,96%, enquanto o composto de Shenzhen caiu 0,94%.

O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,45%.

O S & P / ASX 200 da Austrália fechou em  baixa de 1,72%. O emprego com ajuste sazonal na Austrália perdeu 594.300 postos de trabalho em abril em comparação a março, segundo dados divulgados pelo Bureau of Statistics do país na quinta-feira. Entre as mineradoras, BHP caiu 1,1%, Fortescue Metals caiu 0,7%, enquanto entre as produtoras de energia, Santos caiu 3% e Woodside Petroleum fechou em baixa de 2,3%.

No geral, o índice MSCI Asia-ex Japan caiu 1,31%.

Os preços do petróleo subiram na tarde do pregão asiático, com os contratos futuros do Brent avançando 2,26%, para $ 29,85 por barril. Os contratos futuros de petróleo dos EUA  subiram 2,33%, a US $ 25,88 por barril.

EUROPA: As bolsas europeias recuam na quinta-feira com investidores preocupados com a possibilidade da economia global demorar para  recuperar mesmo após os desbloqueios que estão sendo implementados em vários países.

O Stoxx Europe 600 cai 2,02%, na sequência de uma sessão pesada em Wall Street, após perspectiva sombria do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Após a sessão de quarta-feira, o Stoxx 600 ainda sobe 19% em relação às mínimas de março.

DAX 30 da Alemanha cai 1,92%, CAC 40 da França recua 2,15%, enquanto IBEX 35 da Espanha cai 1,79% e o FTSE MIB da Itália perde 2,22%.

Em Londres, o FTSE 100 cai 2,56%. As mineradoras registram perdas. Anglo American cai 3,7%, Antofagasta recua 2,7%, BHP perde 1,3% e Rio Tinto recua 1,1%. Entre as produtoras de energia, BP cai 2,5%  e Royal Dutch Shell perde 4,7%.

Enquanto isso a vice-ministra de Finanças francesa, Agnes Pannier-Runacher, disse que seria “inaceitável” que a gigante farmacêutica francesa Sanofi atendesse primeiro ao mercado dos EUA se encontrasse uma vacina contra o coronavírus, após a empresa dizer que o governo dos EUA teria direito às maiores encomendas iniciais das vacinas.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA operam em ligeira baixa na manhã desta quinta-feira, depois que o discurso de Jerome Powell, presidente do FED, provocou outra liquidação em ações no dia anterior.

O Dow e o S&P 500 caíram 2,2% e 1,8%, respectivamente, durante o pregão regular, enquanto o Nasdaq Composite caiu 1,6%.

Powell fez seus comentários enquanto vários estados americanos começaram a reabrir suas economias. O presidente do Federal Reserve disse que “medidas adicionais podem ser necessárias” para evitar ainda mais impactos econômicos por conta da pandemia. A fala vem em meio as discussões no mundo financeiro sobre as possibilidades da autoridade dos Estados Unidos ter que enfrentar uma recessão iminente, em um contexto de juros na faixa entre 0% e 0,25%. Ele destacou que o tamanho e a velocidade da crise não tem precedentes na história moderna, com “severo declínio na atividade econômica e no emprego”. “Continuaremos a usar nossas ferramentas até que crise seja superada”, defendeu.

Em relação à juros negativos, Powell afirmou que a autoridade monetária não está considerando, no momento, a implementação de juros negativos nos Estados Unidos e que a crise provocada pelo coronavírus não mudou as visões dos dirigentes sobre o tema. Ele lembrou que, durante a crise financeira global, o Fed preferiu outros ferramentas, entre eles o “foward guidance” e compra de ativos. “E nós já dissemos que pretendemos continuar usando essas ferramentas”, afirmou. Na avaliação de Powell, não existe um consenso sobre a eficácia de juros negativos em corrigir desequilíbrios econômicos. “Na reunião de outubro, nós revisamos essa questão e a minuta (do encontro) diz que todos os participantes julgaram que juros negativos não parecem ser uma política atrativa no momento”, ressaltou.

Apesar da queda acentuada na quarta-feira, o S&P 500 permanece mais de 28% acima da mínima de 23 de março. O Dow sobe mais de 27% desde então, com as ações das principais empresas de tecnologia liderando a alta.

Tensões geopolíticas pesam na relação EUA-China. O primeiro acusa o segundo de tentar roubar informações sobre vacina do COVID-19. O FBI e a Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura (CISA) disseram que as organizações que pesquisam o COVID-19 correm o risco de ser alvos da China. Eles alertaram que grupos afiliados ao governo chinês e outros estavam tentando obter “dados valiosos sobre propriedade intelectual e saúde pública relacionados a vacinas, tratamentos e testes”.

O destaque na agenda de hoje fica por conta das solicitações de seguro-desemprego, que será divulgado às 9h30 da manha.

ÍNDICES FUTUROS – 7h40:

Dow: -0,30%
SP500: -0,23%
NASDAQ: -0,09%

OBSERVAÇÃO: Este  material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.

Autor: HARAMOTO